sábado, 16 de janeiro de 2016

Negro raiou quando o sol no morro; BH, 02601002012; Publicado: BH, 0160102016.

Negro raiou quando o sol no morro
Escondeu-se negro batucou negro
Cantou quando o dia morreu a noite
Chegou negro viveu viva sou cantou
Negro o samba de ocasião viva sou
Na roda de bamba que o samba é
Coisa de negro de batucada que
Meninada não entra mulatas de balaios
Nervosos em polvorosa colocam a malandragem
Os malandros mais espertos chegam perto
Quem risca o chão sem deixar
Riscado é o bom malandro sorteado
O samba só é samba num único
Lugar que as outras vozes queiram
Desculpar podem até imitar mas
Fazer samba igual faz o Rio de Janeiro
Isto é difícil de se imaginar para
Representar esta grande nação é
O samba nas palmas das mãos
Na escola na mesa do bar na
Madrugada em qualquer lugar
O negro que cantar samba vai raiar
O negro raiou quando o sol no morro
Escondeu-se vai meu samba transforma
A sociedade Noel Cartola Candeia
Filósofos de eterna mocidade que
Os discípulos noviços querem imitar
Com curiosidade é só no samba que
Se pode cantar com a liberdade
Preto Velho Benedito já dizia tem uma
Voz que vem lá da Bahia vamos respeitar
O samba é samba no terreiro em qualquer lugar

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