quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Duma vez por todas preciso pôr um ponto; BH, 0301102012; Publicado: BH, 030202016.

Duma vez por todas preciso pôr um ponto
Final na minha vida seguir à risca este
Ponto final penso que não posso mais viver
Cambaleante indeciso inseguro ou sigo o
Rumo deste ponto final ou abro outra
Lacuna com as mesmas características da
Atual não posso mais viver tão escondido
Atrás de traiçoeiras letras nem ocultar-me
No ocultismo de tantas palavras ocultas
Minha intuição causa-me desprezo
Leva-me à ambição toda porta da percepção
Que se abre à minha frente fecho-a com
Estrondo abro alas à minha obtusidade
Faço um carnaval com a minha absurdidade
Incrível porém é a realidade se não
Colocar um ponto final acabarei por ficar
Mais louco do que já sou se colocar
Este ponto final não segui-lo de nada
Adiantará não darei mais um passo
Sequer em direção ao futuro que prevejo
De total escuridão se não agir agora
Não tenho muitas armas para um bom
Argumento não tenho diálogos nem
Convencimentos só monólogos não
São convincentes ou fecho esta página
Não início outra reconheço que
Frustrei fruto de frustração desfecho
Na estaca zero no marco zero no zero
Grau erguer a coluna do ponto final
Daqui deste bastião lançarei a âncora
Serei a pedra fundamental na qual
Será construído o meu hospício perpétuo

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