És doido, que fazes aí acocorado,
A querer botar ovos? há tempos que
Observo-te do nada e não sais
Dessa posição, que tens tu? estou a
Espionar o universo e a assuntar o que
Os ventos têm a dizer; mas um palavreado
Arcaico, já esquecido hoje; é a fala
Dos meus ancestrais, os sentimentos e os
Sentidos das minhas avós e dos meus
Avôs; antiquado, todo o teu jeito é
De coisa antiga, fora de moda e fora
De uso; disseste-o bem, o modernismo
Inibe-me e procuro sempre deslocar-me
Para a pré-história, a idade da pedra,
Seus costumes e usos; percebo que és
Louco, não tens nada mais importante a
Fazer? teria se tivesse a percepção que tens,
Mas, nem essa percepção inútil consigo ter
E deprimo-me; se fizesses algo para o
Desenvolvimento e a elevação da humanidade,
Serias mais útil e terias mais fertilidade;
Falta-me compostura, não vês? falta-me
Ato e fico atado a imaginar a vida
Adversa dos espíritos das cavernas, por isso,
Assim tão deslocado; até pensei que
Fosses um xamã, quando o vi assim,
Agachado, a rumorejar, como se fizesses
Uma reza indecifrável; aprecio os
Índios, os pajés e os sacerdotes com seus
Exercícios e danças, aproxima-me da
Terra, das matas e da natureza e
Afasta-me das incongruências da vida.
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