terça-feira, 10 de maio de 2016

Detesto estar confuso mostrar-me perplexo andar; BH, 02301102000; Publicado: BH, 0100502016.

Detesto estar confuso mostrar-me perplexo andar
Pelas ruas com pensamentos desordenados meu
Organismo quando está misturado põe-me mal
Distinto equivocado comigo mesmo envergonhado
Como se tivesse pudor ou o valor folclórico da conga
Tipo de dança de ritmo bem marcado originária do
Congado o bailado popular dramático afro-brasileiro
Outra coisa que incomoda-me é a minha petrificação
Não é pelo frio como a passagem dum líquido ao
Estado sólido igual na congelação de congelado
Em mim só o meu coração nem os créditos que não
Se podem transferir para o exterior devido às restrições
Do governo são tão congelados já os salários não
Digo nada pois não acompanham os preços nem por
Decisão governamental o meu cérebro congela
Como parte dos aparelhos refrigeradores onde a água
Se congela meu pensamento sofre no congelador
Craniano não é como o estado duma dívida
Externa que não pode ser temporariamente
Satisfeita como a fixação de valores preços para
Proteger economia popular com o congelamento
Tudo em mim está a congelar a solidificar não é
Pela ação do frio meu gelo tornou-se secular não
Dá para promover ordenar uma meditação que faz
Mudar uma cisma uma congeminação uma formação
Dupla simultânea da dor escondida no meu peito
Procuro até meditar mesmo assim pensar com inspiração
Redobrar minha imaginação irmanar minha ação
Imaginar que a minha poética poderá se ainda
Congeminar a minha poesia numa obra cogenere ou do
Mesmo gênero do clássico lírico dum poeta idêntico
A um mestre criador de arte similar não posso afastar-me
Do natural o que é nascido com o indivíduo deve morrer
Com ele o que é gerado ao mesmo tempo é o congênito
Não deve causar a congestão que sinto acumular a ação
De afluência anormal do sangue aos vasos dum órgão
Do meu organismo a minha melhor dádiva é quando
Estou satisfeito quando pago minhas dívidas consigo
Sair do engarrafamento incólume igual alguém sai do
Tráfego de São Paulo quando não consigo dormir xoxo
Por causa do meu congestionamento nasal é uma
Paranoia é um pesadelo o ar fica rarefeito o vácuo
Instala-se em mim sinto congestionar-me o nariz
Interromper-se a respiração parece que vou morrer
Sufocado fico apoplético congesto como o que não se
Escoa viro o congestionável que sofreu no sonho um
Sujeito que não soube conglobar juntar no globo
Terrestre o poder de concentrar de resumir a história
Num final feliz como a agregação da massa transformada
Em rocha constituída de fragmento conglomerado que
Faça pergunta para que tanta angústia tanta conglomeração
De volume de peso na consciência? amontoar num só canto
Envelar tanta tormenta num mar revolto só? para que
Conglomerar tanta ansiedade? quem vai dar importância
A isso? qual a dedução tirada? o resultado não será animador
A conclusão é só a esperança a consequência que traz
Ao condizer ao desiludido de espírito que ainda está em
Harmonia com o desespero é prejudicial admitir tolerância
Com o sofrimento aprovar permissão com a infelicidade
Não abrir a boca para reclamar permitir calado tornar
Possível o grito de Golias consentir mudo que abuse
Do nosso consentimento é perder a fé só é não ter paixão
Não ter espírito apropriado não ser adequado consentâneo
Com a semelhança que Deus nos deu d'Ele ao formar o barro

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