sexta-feira, 25 de agosto de 2017

O que sai da minha mente; BH, 0270402001; Publicado: BH, 02001102013.

O que sai da minha mente
É igual a substância não gasosa
Expelida pelos vulcões não é uma
Evacuação de excrementos uma dejeção
De matéria putrefata é quando a
Imaginação vem dejarretar da mente
Cortar pelo jarrete a inspiração deixar
Livre não reter nem conservar mais
Preso dentro dos meandros nenhum
Sentimento por mais rudimentar piegas
Que seja o coração vem largar as cordas
Do comboio o cérebro soltar as estribeiras o ar
Suspender o fôlego interromper a respiração
Por alguns segundos de emoção não hei
De renunciar à fé desistir da paixão
Prescindir-me de demonstrar os meus
Despojos despojar-me de tudo que
Incomoda-me o ser não irei insistir
Em conformar-me pôr de parte a indignação
Não fazer notar a manifestação irei
Mencionar o movimento jamais esquecer
Os elementos mesmo que todos ao
Conhecer o que saiu de mim venham
Abandonar-me desamparar-me como se
Tivesse usado palavras ou frases com
Que disfarçadamente se induzem alguém
A fazer alguma coisa que não queira ou
Que viu as palavras que indicam nos papéis
Dos atores que acabou a vez de falar
Que está na vez doutro é esta a
Minha deixa legado herança
Quando vou estender-me para dormir
Descansar já estou leve vazio dos
Pesos da consciência sinto o produzir
Do sonho o brotar da viagem fora da
Matéria o fazer cair o pesadelo no
Reclinar do corpo no inclinar do
Sono deixar prender? abater a realidade?
Assentar para pensar? acamar para
Estar acostumado? repousar estendido
Horizontalmente é para dormir
Ou morrer? deitar é viver?

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