sábado, 9 de setembro de 2017

POETA LLEWELLYN MEDINA, Ode a meu umbigo.

        Ode a meu umbigo

Singelíssima cicatriz  marcada em mim
amantíssima depressão de forma circular
e que te extasias com encanto resoluto
louvo em ti a proeza de estar sempre oculto
a despeito de admirabilíssima vontade de te desnudares

mas quando te desvelas com contrariedade
especialmente nos já corriqueiros casos de obesidade
piscas o olho de ciclope como se o “big brother” fosses
vaidosíssima  demonstração de tua humana natureza

ordinariamente – oh! exibidíssimo umbigo meu
pudicamente  te escondes sob a vestimenta
em contrariedade ao insitíssimo desejo de te arrebatares
pois dizes ter nascido para a admiração de teus pares
como se dissesses – eu sou o que sou – tão somente

muitíssimo amas o centro do palco vaidosamente
como se adornasses feminino tanquinho
deixas de ser umbigo milagrosamente
passas com fingidíssima humildade a umbiguinho

e os desvairados deste encantado mundo
pensam sensações  pudicas e indescritíveis
mágicas e inimagináveis encantos
como se fosses o repositório de todos os medos
e daqueles  temores e recônditos segredos

e quando a odalisca saltitante corcoveia
e gira e volteia inebriantemente tal sereia
tornas-te caixas de pandora  não reveladas
e negaceias o que em ti oculto guardas

“USA, USA, USA the prize is mine”
 em dúbia autoadmiração posto a pensar talvez estejas
pois sapientíssimo e bem determinado  umbigo sejas
e exibir-te é o a que mais ardentemente anelas
“vivas, vivas, vivas”  é o aplauso que esperas


não penses em teu egocentrismo incauto umbigo
que acima de tudo és do mundo  a relíquia
não -  o umbigo do mundo não se sabe onde fica
e o  mundo é vasto minúsculo umbiguinho catita

 mas certo és do mundo o centro induvidoso
pois caso  o centro do mundo não  fosses
meu não serias o umbigo tão fantasioso
a justificar  provérbio  conhecido e tão chistoso

“ele pensa o centro do mundo seu umbigo ser”.

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