terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Sinceramente pretendo escrever um dia como alguém que morreu; BH, 0220802000; Publicado: BH, 0110702013.

Sinceramente pretendo escrever um dia como alguém que morreu
Recebeu a extrema-unção recebeu no burno o delirium tremens
Passou pelo terminal no burnu foi velado de burnus na sala da casa
Enterrado com capote grande de lã como capuz usado pelos
Árabes depois de certo tempo volta a si dentro do caixão na
Mais completa escuridão não entende nada do que está a
Acontecer não sabe que está abaixo da raiz da burneira uva que
Tem muito viço não tem conhecimento real donde se encontra
Como o burmaniáceo das burmaniáceas plantas monocotiledôneas
Transição entre as Amarilidáceas Orquidáceas na ordem
Sistemática toda sabedoria concentrada num escritor árabe
Capaz de definir a real conjuntura sentida no momento fatal
Dentro daquele caixão sem o teor burlista sem o burlesquear o
Falar burlescamente o usar de modos ridículos para escrever o
Bufonar da burlaria a fraude a burla literárias do burlantim o
Artista de circo de cavalinhos saltimbanco funâmbulo burlador
Escarnecedor da cultura enganador da razão vítima de burla da
Falta de ética escarnecido por falta de tino ludibriado por falsos
Profetas burlado por medíocres escritores que trazem a burjaca
Vazia o vácuo no saco de couro usado pelos caldeireiros depois
Duma longa jornada de trabalho sinceramente pretendo escrever
Um dia tão doce quanto uma boa buritizada feita de buritis da
Espécie de palmeira do mesmo buritizeiro que o muriti o muritim
Ou muruti que me inspira uma burilada que faz-me criar como num
Golpe ou num traço de buril da cultura do topônimo paulista
Buri palmeira do burgrave antigo dignatário senhor de cidade na
Alemanha burgo na povoação de certa importância vila de
Burgalhau aldeia de burgudina arrebalde da cidade nácar
De burgan caminho de cascalhos pisado por pés descalços
Burgalhão na estrada tipo banco de conchas areia seca de fundo de
Mar ou dos rios dos referentes naturais de burgos burgalês de
Espanha a bureva fora d'água o peixe de rio da família dos
Traquicoristídeos também chamado pacu-branco o judeu
Exterminado no campo de concentração o judeu sobrevivente
O que não passou pela bureta tubo graduado que se usa para as
Dosagens dos reagentes químicos dos sofrimentos da perseguição
De ficar no campo no inverno só com a burelina tecido de lã mais
Fino que o burel os corpos que não possuem o escudo em que as
Burelas são da mesma largura que o espaço que separa a faixa
Burelada estreita repetida que não entrava nem o mingau de
Milho verde o curau do buré onde só se ouvia o burburinhar
Da fome o rumorejar da morte a buracada onde os corpos semi 
Vivos eram enterrados a bucarama de cinzas de restos de cadáveres
Na porção de buracos com restos de vida buraqueira de almas
Em chamas a pele era o burato o antigo estojo o tecido grosseiro
Que tinha que resistir a tudo o barracão lembrava a burarema árvore
Cuja madeira serve para construção o sangue era borbon tipo de
Variedade de dafeeiro manga de burbom era o sangue que não
Ia para o além para a buraquara a pesca feita aos acaris anujás
Chaves as almas não valiam um buranhém árvore da família das
Sapotáceas igualado ao holocausto só o que foi vivido pelos negros
Brasileiros trazidos da África quiça o sofrido pelos nossos negros não
Tenha sido pior do que os judeus os refugiados nos campos de extermínio

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