domingo, 18 de março de 2018

Alguma coisa precisa me encher de furor; BH, 024020200302004; Publicado: BH, 060302013.

Alguma coisa precisa me encher de furor
Não sei se me fará bem porém procuro uma fúria que
Não tive não tenho nunca terei uma cólera que
Mexa comigo aumente meu frenesi leve-me ao
Delírio ou à loucura a raiva é maior pois não
Saio da apatia só com a ira a exaltação de
Ânimo sacudirei meu coração com entusiasmo
Busco um ímpeto no íntimo uma inspiração de ou de
Divindades infernais mitológicas que se escondem nas
Profundezas do fundo o tesouro furibundo o veio
Furioso o filão colérico que despertarão a
Rebeldia no coração da apatia que colocarão
A furiosidade na minha libido um teor bem
Mais furioso no meu prazer um modo colérico
De amar um jeito raivoso de viver enraivecido
Contra a submissão do povo que espalhe
Um fato impetuoso que eleve o povo
Para a soberania cidadania não me
Imagino mais na lura a imagem minha
Que resistia na lapa quebrei no espelho
Hoje fujo de qualquer antro de atraso sinto-me
Um ser liberto duma gruta um ente que saiu
Duma caverna ou uma entidade libertada depois
De mil anos duma furna um espírito que deixou o
Buraco a alma que fluiu por um orifício
Como notícia dada em primeira mão num
Jornal ou por outro meio de divulgação
Alguma coisa precisa virar sensação comigo
Ou tentação ou um furo de comunicação
Natural entre dois rios ou entre um rio
Um lago vou furoar em mim um furo
Procurar qualquer coisa em mim à maneira
De furão investigar meu passado pesquisar
Meu presente fossar meu futuro para em
Fim encontrar as respostas as resoluções do
Que me deixam em constante depressão
Se passar por uma fusão sofrer um derretimento
Pela ação de calor não depurarei em mim
Uma única liga a mistura continuará
Heterogênea a aliança não será quebrada
A associação com o mal não será alterada
A mudança não é tão simples assim como
A passagem duma substância do estado
Sólido para o estado líquido a irritação
Não acaba assim num passe de mágica
A calma não se transforma em paz nem
Em serenidade perde-se a tranquilidade
Pelo menor distúrbio já se visto na natureza
Gostaria pois de passar por uma fundição como um ato
De fundir metais ou uma oficina aonde se fazem tais
Fundições serei sou o mesmo o meu fundidor aquele que
Funde que serve para fundir derreter os preconceitos
Vazar os metais dos complexos a liquefazer os conflitos unir os
Elos rompidos com os princípios juntar os sentimentos
Incorporar em mim todo fusível que libera a descarga
Ruim todo entendimento que pode ser fundível para
Ser compreendido até pelo mais ignorante sem essência
Aí espanto para a fundura o poema fúnebre levo para a profundidade
A ignorância que causa a situação de abatimento social
Tiro o povo do lúgubre afasto o lado macabro do terrorismo
Abandono o lutuoso da violência do mortuário cotidiano
Funeral só o dos que querem matar a poesia viva pompas
Fúnebres cerimônias de enterramento só para os inimigos
Da paz senhores das guerras sinal de luto funerais para
Aqueles que não olham o azul do céu os astros a lua
Gostaria de chegar ao fim consciente emancipado
Porém a não levar nada de mim a deixar tudo aqui
Para ser o mundo muito bem aproveitado

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