sexta-feira, 16 de março de 2018

O mundo anda mal cheiroso de graveolente; BH, 05060102006; Publicado: BH, 0130302013.

O mundo anda mal cheiroso de graveolente
Fedido tudo por falta de espírito alma pensamento
Filosofia a vida está um fedor cheia de graveolência
Mau cheiro tudo por causa da violência é uma só
Fedorentina que nada pode dar jeito é uma tal
Fedentina que deixa tudo fétido que exala um
Fedor de cadáver fedorento que até parece que
Cada ser humano se transformou em pássaro agourento
A raça humana se afastou da raça humana a
Humanidade deixou de ser humanidade
O ser humano deixou de ser ser humano o que
Manda agora é o consumo é o cada um ter mais
Do que o outro ninguém ser nada o homem
Vive preso ao feianchão do lucro o cifrão é o fearrão
Que move o homem em busca do seu futuro a
Mulher pelo seu lado ainda ver o homem como o
Seu feanchão faz doutra mulher a sua feichona
O mundo anda feiosíssimo cheio de tudo que é
Feioso por todo lado só se vê feião cada um
Que habita aqui já perdeu a verdadeira
Feição ninguém tem mais forma esvaneceu se
O feitio todos escondemos o aspecto temos vergonha
Da nossa maneira de ser vivemos na ilusão
Fora da realidade só nos resta agora atingir
A disposição para com um bom jeito recuperarmos
A índole o caráter o mundo só tem comedor
De feijão de semente do feijoeiro de planta leguminosa
Que produz os feijões na vagem todo mundo
É seixo rolado considerado satélite de diamante
Batelada de podridão partida de baixeza alimento
Para vermes posa de imortal de deus a nossa
Feijoada prato carioca feito de feijão preto acompanhado
De carne de porco linguiça já imortalizada na
Poesia de Vinícius de Chico tem a nobreza dos
Escravos da senzala hoje por ironia do destino
Nem elite nem a burguesia não passam
Um dia sem uma grande porção de feijões um
Terreno semeado uma horta de feijoal com variedade
Do grande feijoca acompanhado da feila pó muito
Fino de farinha a faúlha de mandioca encontrada
Em qualquer feira mercado ou dia de semana
É o ganho o produto da venda ou do trabalho
Dum dia de fome de vontade de comer
Qual feirante com venda de mercadorias ao ar
Livre em vias públicas determinados debaixo de
Sol ou de chuva depois do feirar de fazer as transações
Não espera a festa ideal? qual não quer a sua
Ocasião o seu ato a sua vez para jogar no bucho
De feital de terra cansada seu prato principal?
O mundo está cheio de mandinga é todo mundo
A fazer magia para tentar sobreviver ser feliz
É um falso encantamento sortilégio de mentira
Bruxaria sem qualidade feitiçaria sem resultado
Abandonados pela sociedade pelo governo pelo estado
Abandonados até por Deus a maioria apela para a
Mandingueira a bruxa que vende ilusão a
Feiticeira que não conhece a realidade quando
Aumenta a dor aí então vem o mandingueiro
Curandeiro que vende fórmulas remédios o
Bruxo com suas drogas preces de feiticeiro é crença
Nos poderes de amuletos é venda de estatuetas o
Comércio de figas idílios o mundo anda cheio
De curandeirismo não se esvazia do fetichismo
Nem se livra do feiticismo o mundo está cada vez
Mais distante de Deus nas mãos do feiticista
Quem quer controlar o mundo a vender o que
Entregar é o fetichista com seu feitiço
De araque bruxado de brinquedo qual o feitio
Ideal para a ideia do mundo? qual a forma que
Garantirá o futuro? que feição abraçaremos para manter
A configuração? o mundo perdeu a disposição de
Espírito o mundo perdeu o caráter ser feliz hoje é um
Trabalho de artista acabou-se o artefato para a nossa
Mão-de-obra confecção só de trajes de baixo preço
Concluído o ato terminado o feito acabado o processo judicial
A obra foi em vão a façanha foi tão tacanha que
O sonho acabou a esperança não resistiu ao caos

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