terça-feira, 6 de março de 2018

O que mais me impressiona em mim; BH, 0100102000; Publicado: BH, 0240502013.

O que mais me impressiona em mim
Apesar de todos os defeitos relacionados
Conhecidos desconhecidos por mim por todos
É a minha condição de escrever com inteligência
A minha condição de escrever com sabedoria
Penso que pelo menos para isto
Tive o dom da inteligência
Tive o dom da sabedoria
O que mais me impressiona em mim
É a condição do dom de escrever com a criatividade
Com pensamento e consciência
Às vezes também com essência de inconsciência
Busco a inspiração vinte quatro horas por dia
Mesmo quando não está em mim
A clamo por através do espírito
A Busco através da alma
Não deixo nunca a minha mente
Sem o poder da palpitação
Da imaginação do conhecimento
Faço meu raciocínio fundamentar
No positivismo na esperança
No pé quente na sorte
Na razão na certeza guardo na memória
Os bons costumes da educação da delicadeza
Da moderação da sutileza não deixo
De tentar me aperfeiçoar cada vez mais
Não deixo a lembrança morrer
Procuro não esquecer das coisas boas
Que já aconteceram comigo
Não me arrependo do que escrevia antes
Não me arrependo do que escrevo agora
Nem vou arrepender do que escreverei
Se descobri em mim este clitóris de excitação
Este ponto G do prazer de escrever sem parar
Nada farei para impedir este clímax
Nada farei para matar este gozo
Nada farei para impedir a liberação deste orgasmo;
Quando escrevo me tenho como uma mulher no cio
Uma mulher sedenta por causar dar prazer
Uso todas as partes do meu corpo
Uso todo o meu complexo esquema
Uso todas as maneiras manias modos
Que podem exalar em mim todo
Um perfeito processo fértil de produção
Tanto quanto o número de espermas que expilo
Numa simples masturbação
Nunca quero deixar fugir esta ideia
Nunca quero perder também a noção
O ideal de que um dia ainda
Serei cultura de primeira mão
Serei clássico de literatura
Obra-prima de intelectualização
Obra de arte necessária ao desenvolvimento
Nos círculos de conversa de mesa
De bares de escolas de universidades
Não sei se é falta de modéstia
Se é muita pretensão, ou arrogância
É porém um sonho em evidência
Uma verdade que guardo no peito
Uma realidade que busco ao sonhar
Uma liberdade a que pretendo me prender
Estender àqueles que gostem de ler
Se por acaso alguém pensar que não mereço
Alguém pensar que não tenho condição
Não tenho capacidade nem competência
A esses peço perdão de coração
Pois também procuro as respostas
Também procuro as soluções
Procuro os resultados que até hoje
Ainda não encontrei nem soube encontrar
Só em lembrar que os grandes mestres
Os grandes pensadores da humanidade
Os grandes artistas pintores escritores
A maioria sofreu muito antes de
Obter alguma realização com seus feitos
Van Gogh vendeu um quadro
Miguel de Cervantes foi preso deportado
Galileu quase foi parar na fogueira
Fernando Pessoa não conseguiu nada
Com toda a poesia genial que criou
Durante os anos que viveu
Os grandes filósofos da antiguidade?
Diógenes vivia num barril
Sócrates teve que ingerir cicuta
Homero era quase um mendigo cego
Vivia pelas cidades a declamar seus poemas
A troco de parcas de raras moedas
Até grandes incontestáveis gênios do cabedal
Do calibre duma grandeza dm Mozart
Teve que sobreviver às custas de micenas
Nietzsche foi taxado de louco
No Brasil Cartola morreu pobre
A vergonha ainda maior
Machado de Assis o nosso maior nome
Fez das tripas coração para sobreviver
Então é assim um dia quem sabe
Não me vereis aí em alguma vitrina
A virar um dia um gerador de obras-primas

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