quarta-feira, 14 de março de 2018

Paciência com o povo trabalhador brasileiro que não tem as entrecilhas; BH, 0401202003; Publicado: BH, 0300302013.

Paciência com o povo trabalhador brasileiro que não tem as entrecilhas
A parte do cavalo entre o sovaco as cilhas para
Sofrer tanto aperto assim tenha paciência é um povo
Pacífico que já aguenta todo o tipo de tempestade
Que também não tem a segura da entrecoberta do 
Espaço entre as cobertas do navio já paga todos os 
Tipos de penitência só no entrecoro decorrido entre
O coro o altar-mor rezou todas as rezas cantou todos
Os cânticos o milagre não aconteceu o entrecorte
Continua a interseção é eterna entre as abóbadas
Sobrepostas o entrecruzamento com a felicidade não
Acontece nunca a perfeição da felicidade do povo escapa
Por entre dedos foge pelo intervalo entre os dedos não
Por culpa do povo sim pela ganância da burguesia
Pela fome da elite é preciso construir uma história
Maior para o povo trabalhador brasileiro é preciso que seja maior do 
Que esta simples entrefolha não se pode resumir nesta
Folha de papel seja em branco ou manuscrita intercalada
Entre as folhas impressas dum livro para estas anotações todas
As entrefolhas possíveis não seriam suficientes para entrefolhar
Esta saga tem que entremear misturar com a grandeza
Das folhas dos anais das histórias das civilizações tenha
Paciência com o povo trabalhador brasileiro ainda não é um povo
Polido é um povo cuja maioria inda não foi envernizada
Sem falar em cultura que vive sem ao sem envermelhar-se de vergonha
Se falar em educação também não tem passa os dias
Sem avermelhar-se de arrependimento por não ter conseguido
Não avermelha-se de acanhado por falta de saúde é o
Que sabe mais fazer enrubescer-se por não exercer a soberania
É também um tipo de covardia inda vem o medo de
Adquirir cidadania infelizmente é um povo que
Como o envergues cabos ou cordas que prendem a vela à 
Verga continua preso à ignorância à indiferença às 
Coisas do saber do pensar da inteligência perde o 
Precioso tempo com o conteúdo envenenador da mídia
Absorve tudo de intoxicador que o consumo oferece com 
Avidez não se sente enverdejar pelo câncer pelas
Doenças adquiridas com uma vida que não é saudável
Não sabe atar uma conversa pelos seus direitos nem sabe
Enlear seus exploradores deixa-se emaranhar na 
Hora de cumprir seus deveres faz enredo complicado
Das coisas simples boas da vida ao procurar envencilhar
Ao ligar com vencilho um fato que poderia facilitar o
Caminho para atingir a evolução falta paciência é um povo
Atado amarrado na falta de habitação enredado no salário
Que não chega para suprir as necessidades pena ser 
Um povo tão complicado luta quebra tudo por falta de 
Ingressos entradas em jogos de futebol desfiles de
Escolas de samba fica emaranhado totalmente
Envencilhado quando é para pedir justiça vi meu pai
Envelhentar falecer vejo minha mãe avelhantar envelhecer
Não tiveram nenhum prazer de viver meu pai nunca
Soube envelhacar-se como a maioria dos políticos
Brasileiros nunca o vi em vida ter maneiras de velhaco
Nunca o vi acanalhar-se para obter um lucro ou um 
Benefício mesmo pelo bem dos dez filhos que gerou no 
Mundo morreu pobre sem um bem material nunca 
Foi feliz em nada nem viu o país dos seus sonhos
Paciência com ele era um produto do meio minha 
Mãe idem correta tanto ou quanto ou mais do que ele
Nunca vi igual também não atingiu a felicidade material
Nunca teve luxo viagens casa joias nada que qualquer
Mulher almeja possuir em nome dum prazer o povo
Não é de solidarizar-se na hora da dor ou do reclame
É mais de envaretar-se de ficar desapontado com quem
Corre atrás de mudanças de reformas sente-se zangado
Atrapalhado por qualquer caçoada gracejo de
Outrem que possui os elementares direitos humanos
Preservados respeitados é um povo envaretado consigo
Mesmo desapontado com a classe dominante ainda 
Encalistrado com os que detêm o poder perdeu o sentido
Envaicedor dum povo livre emancipado reconhece
Que não tem nenhuma conquista que o envaidece na 
Sociedade anda sem orgulhar-se de si sem ter
Por que envaidecer anda pelas ruas sem o envaidar do 
Ir vir passa a anuviar a mente a nublar a memória
A anuviar a lembrança o futuro é enurético
A parecer com algo que diz respeito a enurese à uneresia
Tem tanto medo do futuro que causa a incontinência 
Da urina sem conhecimento a covardia a micção
A enurese noturna o povo precisa para de mijar
Nas calças quebrar a espinha dorsal da burguesia
Botar a elite para correr tomar o poder precisa ter o 
Valor enumerável uma qualidade que se possa um
Dia enumerar fazer de tudo de todo como no 
Conjunto cujos elementos podem ser postos em correspondência
Biunívoca com os do conjunto dos números naturais
Porém paciência o povo trabalhador brasileiro não tem um peso
Enumerador não tenho entusiasmo com o que não
Luta na busca duma vida melhor não sou assim 
Tão entusiasmado com o que não se impõe nem é animado
Com a verdade nem fica excitado com a liberdade
Gostaria de ver um povo orgulhoso de ser povo vaidoso
No seu existir do dia a dia não quero um povo tão
Enturvado assim de destino sombrio de presente escuro
Sem perspectiva nenhuma a não ser a violência
A enturvação da ideia a insegurança que veio só
Para enturvar a esperança gostaria de poder dizer 
Que nada mais pode turvar a tranquilidade do povo
Mas o desemprego está aí tudo converge para perturbar
Quem por acaso tem emprego a situação precisa mudar
Urgentemente não enturvar mais a situação; o atrapalhado
Sem saber o que responder o embatucado perdido no argumento
Igual a um entupido um cano obstruído que
Age como se tivesse o cérebro tapado não poderá mais
Ser realidade nos dias de hoje o ser entunicado
Que tem túnicas concêntricas  à semelhança da cebola
Ou que diz-se dos bolbos terá que ser desfolhado para
Florescer na nova realidade é o fim do entrudesco com
O povo do ar carnavalesco que nos coloca numa condição
De meros coadjuvantes o povo trabalhador
Brasileiro precisa perder a paciência

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