quinta-feira, 10 de maio de 2018

Quero diminuir a minha agrestia; BH, 090102000; Publicado: BH, 0150302012.

Quero diminuir a minha agrestia
Pois a minha agrestidade me destrói
Toda qualidade em mim é do que é agreste
A rudeza me evidencia
A rusticidade tomou conta do meu universo
Minha grosseria do meu ser
Desde dos latins de campo
De agrícola do rústico
De agricultura de falta de educação
Com agrimensura da estupidez
Até aos latins de doce
A burrice não me deixou
A asnice me acompanhou
A indelicadeza foi a confusão mental
O estado de torpor intelectual
Mais do que passageiro que
Distingue-se do estupor
Em virtude de só afetar
Sobretudo minhas funções intelectuais
Pois fui agricultado sem inteligência
Cultivado sem sabedoria
No meu terreno mental
Não aplicaram os processos agrícolas
Da boa criação
Ninguém soube me agricultar
Cultivar-me em terras férteis
Entregar-me à agricultura da razão
Não sou arável empregável à criatividade
Agricultável do conhecimento
Um simples agrimensar
Chegar para me medir
Um pequeno agrimensório
Basta à minha agrimensura
Não tenho a agrimônia
Da planta da família das Rosáceas
Por mais que tente
Não sei me agrinaldar
Ornar-me com grinaldas
Tudo em mim é só agrio,
Tosco de ogro selvagem

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