Tivesse o dom da acessibilidade
Tivesse a facilidade na aproximação
O dom do trato teria toda obtenção
Da liberdade acessional o caminho o
Acesso a chegada ao que se ajusta
Ao que se ajunta à tua boca acerejada
Tenho certeza que
Irias me dar a acessão
Irias consentir que
Não saísse mais de tua boca
A aceder que só
Vivesse dentro dela
Minha vida mudaria radicalmente
Já que principia a azedar-se
Sem descobrir um meio
De parar esta deterioração
Agora é outra coisa
O acescento está suspenso
A acescência está impedida
A disposição para azedar
Chegou ao fim
Tua saliva me conserva fresco limpo
Quero acerejar meus lábios
Com a cor de cereja
Que tem os teus
Descobri qual a acerra tem a tua língua
Em que vaso de perfume
Contém a fragrância
De aroma tão agradável
Que me deixa tão acessivo
Tratável mais humano
Bem longe e distante dos áceros
Humanos insetos moluscos desprovidos
De antenas que nada podem sentir
De tentáculos que nada podem pegar
Então ficamos assim acertados
Nem me deixas
Nem te deixo
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